sexta-feira, 25 de julho de 2008

contudo, ele move-se...


A história do PCP – no passado como no presente – não deixa margem para dúvidas: condenado regularmente ao definhamento inexorável; anunciado múltiplas vezes morto e outras tantas enterrado; aconselhado a deixar de ser o que é e a transformar-se no que os conselheiros querem que seja – e rejeitando inequivocamente tais conselhos e afirmando-se sempre com a sua identidade e as suas características; sistematicamente condenado a não existir, mostra a realidade de forma inequívoca que, contudo, ele move-se... – isto é, e como sublinhou Jerónimo de Sousa no discurso da Festa da Alegria: cresce no número de militantes e na militância; intensifica a sua actividade ali onde ela é indispensável para a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País – e, por isso, aumenta a sua influência junto dos trabalhadores e das populações; afirma-se, através da luta, como a verdadeira oposição ao Governo e à sua política de direita; reforça-se -consciente de que esse reforço se torna cada vez mais necessário.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Opinião Política do PCP na RVE - 2008-07-24

Dias 5,6 e 7 de Setembro vai realizar-se mais uma festa do Avante no Seixal – Atalaia.
A organização do Partido Comunista do Entroncamento está envolvida em mais esta festa, mas não só, muitas outras pessoas cá da terra associam-se de forma diversa nesta iniciativa que já é uma tradição que movimenta centenas de milhares de pessoas.

A organização local do Entroncamento do PCP participa na concepção, disign e execução dos espaços regionais e outros. Sobretudo no levantamento topográfico, no desenho das infraestruturas de restaurantes, de palco e de venda de produtos regionais.

A preparação da festa começa, praticamente, no dia em que se desmonta a anterior – começa com a análise dos resultados e das experiências.
Meses antes da festa começa a limpeza do terreno, os trabalhos de topografia e desenho, depois a montagem das estruturas metálicas, a seguir os trabalhos de madeira, as pinturas, a colocação de equipamentos diversos salvaguardando todas as normas de segurança e de higiene.

Mas a participação do Entroncamento não se limita ao trabalho dos militantes e amigos do Partido Comunista. Todos os anos envolvem-se outros contributos. Participam dezenas de desportistas entroncamentenses nas corridas e noutras provas desportivas, artistas, etc…

Há cada vez mais festivais em Portugal, mas nenhum é como a Festa do Avante. Caracteriza-a a diversidade das iniciativas e a abrangência da representatividade musical, desportiva, fotográfica, gastronómica, artesanal, literatura, debates, teatro, e outras formas de expressão.

Destaco 3 aspectos:

1.º é possível comer pratos tradicionais de qualquer parte do País incluindo Madeira e Açores regado com os respectivos vinhos regionais. Mas não só. É possível comer, no espaço internacional, os pratos típicos de outros recantos do mundo.

2.º A Festa do Avante! é feita de muitas músicas e de muitos palcos, é possível assistir ao que de melhor se faz na música regional, nacional e internacional: da mais tradicional à mais vanguardista. É possível desfrutar de concertos de música erudita de grande valor. Para os Comunistas os valores patrimoniais da humanidade devem ser desfrutados pelos povos.
3.º Todos os anos a Festa do Avante! recebe milhares de atletas que participam em provas desportivas ou em exibições. Ao mesmo tempo, são cada vez mais os visitantes que não se limitam apenas a assistir, mas aceitam o convite que lhes é feito para participar nas várias modalidades presentes. Este sempre foi um objectivo da organização que procura todos os anos alargar a oferta desportiva.

Pode adquirir previamente a Entrada Permanente na Tabacaria Luanda SCAFA, Tabacaria do E.Leclerc, Quiosque da Estação da Estação ou no Centro de Trabalho do PCP.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

"90º aniversário de Nelson Mandela
Sexta, 18 Julho 2008
O PCP apresentou hoje na AR um voto de congratulação pelo 90º aniversário de Nelson Mandela que «apesar de permanecer até aos dias de hoje integrado na lista das personalidades consideradas terroristas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (…) é uma das personalidades mais respeitadas em todo o mundo, pela sua integridade política e moral, pelo seu exemplo universal de coragem em defesa da Liberdade, da Justiça e da Igualdade entre os seres humanos.»"

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Debate "estado da Nação" na AR

Governo reconhece a existência da crise, que teimava em ignorar.

O Primeiro Ministro não apresentou as medidas adequadas às circunstâncias. Limitou-se às habituais picardias xoxas de conteúdo.


Opinião do PCP na RVE - 2008_07_10


O Planeamento Urbanístico anárquico no Entroncamento, criou graves problemas estruturais. Um desses problemas é a falta de estacionamento no centro da cidade: nas envolventes da Câmara, do Centro de Saúde, do Praça e da Estação.

As opções políticas da câmara de José Cunha, e seus aliados, consubstanciadas na interpretação subjectiva do Plano Director Municipal originaram a falta crónica de estacionamento.

As opções políticas dos executivos PSD, materializadas nas alterações ao Regulamento Municipal de Urbanizações e Edificações, pioraram o que era dúbio, bloquearam a aplicabilidade da portaria nacional de estacionamento onde mais fazia e faz falta - no centro da cidade.

Em 2004, a quando da discussão do Regulamento das Zonas de Estacionamento Tarifado de Entroncamento, a CDU, então, representada na Câmara, votou contra a proposta. Fomos os únicos a denunciar a concessão dos serviços.

Em 2004, a CDU, declarava que discordava da 1.ª zonagem. O documento então apresentado dizia que a proposta criava “… as condições para o nivelamento da procura entre o novo parque coberto e a via pública” circundante. Sem isso o negócio da exploração do estacionamento subterrâneo por privados era economicamente inviável.

O PCP e a CDU afirmávamos que só aceitaríamos o estacionamento pago se gerido pela câmara, sem os constrangimentos de contratos de concessão, e adaptado às necessidades evolutivas das populações.

E dizíamos muito mais... estacionamento pago à superfície só com um estudo de estacionamento concelhio, onde se identificassem as falhas, os estrangulamentos, e se apontassem soluções para resolução da carência. Exigíamos, logicamente, o envolvimento da REFER na resolução de parques para os seus passageiros.
A CDU e o PCP, acusamos, as outras forças políticas de estarem a aprovar um regulamento à medida de um negócio ruinoso para o município – O PSD contou então com o apoio do PS e do BE.

Tanto o PS como BE hoje choram lágrimas de crocodilo, mas nunca denunciaram a natureza da apropriação dos lucros deste negócio através da concessão e exploração dos investimentos públicos.

O BE fica muito indignado por as suas propostas serem recusadas. Só que não nos esqueçamos – o BE consentiu neste negócio – e os privados de acordo com o contrato têm direitos escritos. Logicamente, a Câmara, hoje, para resolver os problemas da população legitimamente descontente está nas mãos dos concessionários.

Os culpados, esses, pelos vistos, com mais ou menos arrufos, mimos, tangas, balelas e conversas da treta comem todos do mesmo tacho. A nossa democracia local está mais pobre.

terça-feira, 8 de julho de 2008

domingo, 6 de julho de 2008

É DE PÉ QUE OS VENCEMOS! (*)

A Cerâmica Torreense concluiu o processo disciplinar contra Pedro Jorge condenando-o pela sua intervenção no programa «Prós e Contras». Se a decisão é grave, as 16 páginas do relatório disciplinar final fedem a ranço, são a ilustração do neofascismo que o patronato quer impor para conter a inevitável resistência dos trabalhadores à intensificação da exploração. Trata-se de um texto de leitura obrigatória, e que deve ser cruzado com as propostas que Sócrates, o Patronato e a UGT querem impor de facilitação dos despedimentos.O «trabalhador arguido» é condenado porque: diz aos outros trabalhadores «que as condições [de trabalho] existentes não resultam da situação económica e de mercado que atinge também a empresa, mas antes de uma opção consciente» do patronato; porque «se os salários não são anualmente aumentados, certamente não é por vontade da entidade empregadora»; «pois é óbvio, para qualquer um, que o sucesso da empresa é o sucesso dos seus trabalhadores, quanto maior for o lucro da empresa, melhores condições pode oferecer aos seus trabalhadores (...) consequentemente, a conduta diversa, ou seja, a conduta que degrada, põe em causa, coloca em risco e prejudica uma empresa, não poderá nunca advir de uma pessoa que pretenda o sucesso e produtividade desta. (...) está posto em causa o elemento basilar das relações de trabalho – a confiança!» Como «agravante», o «trabalhador arguido nunca demonstrou qualquer arrependimento, ou pedido de desculpa» e criou «a imagem de uma empresa que explora os seus trabalhadores». Mas «as constantes notícias de jornais, a chuva de comunicados, os plenários realizados na empresa e a manifestação à porta da empresa», sem esquecer «as pressões exercidas» «mesmo através do PCP» obrigaram a Cerâmica Torreense a ter medo de despedir Pedro Jorge aplicando-lhe «apenas» 12 dias de suspensão. É uma saída de sendeiro, mas é principalmente uma decisão inaceitável e que não será aceite!Força Pedro! É mesmo assim! É de pé que os enfrentamos! É de pé que os vencemos! De pé e ombro com ombro com os nossos camaradas! (As citações são da «decisão final» do processo disciplinar, excepto as dos últimos dois parágrafos que são do relatório anexo.)
(*) - Transcrito do Jornal "avante" de 3/07/2008