domingo, 31 de maio de 2009
Rompe as correntes que te amarram!!!
Ontem e Hoje, os governos da burguesia não são solução
Rompe as correntes que te amarram ao Passado!
Contra a Exploração
Rompe as correntes que te amarram ao Passado!
Contra a Exploração
CDU é Solução!
Basta, Basta estas Políticas estão gastas!
Um século depois, Guerra Junqueiro continua actual...
Mas hoje,
Queremos Abril de Novo
Com a Força do Povo
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.] Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas. Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Basta, Basta estas Políticas estão gastas!
Um século depois, Guerra Junqueiro continua actual...
Mas hoje,
Queremos Abril de Novo
Com a Força do Povo
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.] Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas. Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Guerra Junqueiro, "Pátria", 1896.
Um Século Depois de Junqueiro, 35 anos depois da Revolução dos Cravos
Abril foi do Povo
O Povo quere-o de Novo!
Um Século Depois de Junqueiro, 35 anos depois da Revolução dos Cravos
Abril foi do Povo
O Povo quere-o de Novo!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
"MEDE CEM VEZES E CORTA UMA SÓ"
Transcrevemos a seguinte carta que nos foi enviada por um trabalhador ferroviário devidamente identificado:
Na sua edição de 14/05//2009, página 24, dá o jornal “o Mirante” conta de um colóquio proferido por Henrique Leal sob o tema “O Estado Novo e a família ferroviária”, colóquio esse por sua vez integrado numa iniciativa a que o B. E. local teve o bom senso de titular de “Cem Anos de Lutas dos Ferroviários”. Digo bom senso porque, por aquilo que já tenho visto vindo daquelas bandas, não me admirava nada que lhe tivesse chamado antes “Cem anos de luta do B.E. no seio dos ferroviários”.
Não assisti ao colóquio mas, pelo que é contado n’ “o Mirante”, o senhor Henrique Leal terá “borrado a escrita” ou melhor “borrou a oração” ao contar a “surpresa que teve em 2001 numa visita ao Centro de Formação da Fernave, no Entroncamento” quando “encontrou no quadro uma das frases que tinha recolhido no tempo do Estado Novo” – “MEDE CEM VEZES E CORTA UM SÓ”.
Para quem é Técnico de Serralharia Mecânica, não se consegue vislumbrar nesta frase nada de nazi, nada de anti-democrático, bem antes pelo contrário, trata-se de uma frase, pela carga simbólica que expressa, da máxima importância para quem na aprendizagem de uma profissão técnica, tem de medir peças ao milésimo de milímetro. Certamente que esta operação de medir dirá muito pouco aos historiadores, mas, repito, é uma frase importantíssima a meu ver e ao ver de muitos ferroviários que me telefonaram indignados e revoltados com a referida alocução.
Mais razão temos para nos sentirmos indignados e revoltados quando sabemos que tal oratória parte de alguém supostamente de esquerda, que em vez de balizar e fazer um retrato sério do que foi o fascismo, trata-o eufemísticamente em várias passagens do discurso, apoUca todos quantos, formadores ou formandos, foram grandes resistentes e lutadores e passaram por essa escola de aprendizes e, por via duma simples frase que não soube ou não quis interpretar, misturou formação fascista com a formação democrática do pós 25 de Abril.
Não nos surpreende, pois que, de quem aceitou sem a mais ínfima oposição que, na Câmara Municipal de Entroncamento fosse colocada uma fotografia de um fascista ao lado de democratas eleitos em eleições verdadeiramente livres, não podíamos esperar melhor.
Pessoalmente, como democrata e progressista nunca “cuspi no prato onde comi” a troco de nada e muito menos para fins eleitoralistas.Com os meus cumprimentos
Na sua edição de 14/05//2009, página 24, dá o jornal “o Mirante” conta de um colóquio proferido por Henrique Leal sob o tema “O Estado Novo e a família ferroviária”, colóquio esse por sua vez integrado numa iniciativa a que o B. E. local teve o bom senso de titular de “Cem Anos de Lutas dos Ferroviários”. Digo bom senso porque, por aquilo que já tenho visto vindo daquelas bandas, não me admirava nada que lhe tivesse chamado antes “Cem anos de luta do B.E. no seio dos ferroviários”.
Não assisti ao colóquio mas, pelo que é contado n’ “o Mirante”, o senhor Henrique Leal terá “borrado a escrita” ou melhor “borrou a oração” ao contar a “surpresa que teve em 2001 numa visita ao Centro de Formação da Fernave, no Entroncamento” quando “encontrou no quadro uma das frases que tinha recolhido no tempo do Estado Novo” – “MEDE CEM VEZES E CORTA UM SÓ”.
Para quem é Técnico de Serralharia Mecânica, não se consegue vislumbrar nesta frase nada de nazi, nada de anti-democrático, bem antes pelo contrário, trata-se de uma frase, pela carga simbólica que expressa, da máxima importância para quem na aprendizagem de uma profissão técnica, tem de medir peças ao milésimo de milímetro. Certamente que esta operação de medir dirá muito pouco aos historiadores, mas, repito, é uma frase importantíssima a meu ver e ao ver de muitos ferroviários que me telefonaram indignados e revoltados com a referida alocução.
Mais razão temos para nos sentirmos indignados e revoltados quando sabemos que tal oratória parte de alguém supostamente de esquerda, que em vez de balizar e fazer um retrato sério do que foi o fascismo, trata-o eufemísticamente em várias passagens do discurso, apoUca todos quantos, formadores ou formandos, foram grandes resistentes e lutadores e passaram por essa escola de aprendizes e, por via duma simples frase que não soube ou não quis interpretar, misturou formação fascista com a formação democrática do pós 25 de Abril.
Não nos surpreende, pois que, de quem aceitou sem a mais ínfima oposição que, na Câmara Municipal de Entroncamento fosse colocada uma fotografia de um fascista ao lado de democratas eleitos em eleições verdadeiramente livres, não podíamos esperar melhor.
Pessoalmente, como democrata e progressista nunca “cuspi no prato onde comi” a troco de nada e muito menos para fins eleitoralistas.Com os meus cumprimentos
terça-feira, 26 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Faleceu Álvaro Favas Brasileiro
Álvaro Favas Brasileiro nasceu em Alpiarça, a 2 de Março de 1935.
Aos 2 anos de idade fica sem pai.
Frequentou a escola primária Visconde Barroso, onde fez a 4ª classe com distinção.
Com a saída da escola, entra nos duros trabalhos do campo.
Aos 15 anos assiste ao assassinato do jovem Alfredo Lima, durante uma concentração de trabalhadores agrícolas em Alpiarça.
Com 16 anos, adere ao M.U.D. juvenil, cuja primeira reunião em que participa se realiza na casa de Joaquim Pratas (Joaquim Zaragata).
Em 1958, dá se o primeiro contacto com o Partido Comunista Português.
Neste mesmo ano, faz parte da Comissão de Apoio à candidatura do General Humberto Delgado.
Em 1961, é obrigado a fugir da sua terra, para não ser preso, por motivos políticos.
Em 1963, é preso pela GNR de Alpiarça e levado para o Aljube, e mais tarde ainda para Caxias.
É julgado no tribunal Plenário da Boa Hora, onde é condenado a dezasseis meses de prisão correccional e a cinco anos de perda de direitos políticos.
Depois da sua saída da prisão, é novamente chamado para tarefas políticas. Assim, em 1969 faz parte da Comissão de Apoio à campanha eleitoral do MDP-CDE.
No final dos anos sessenta, princípio dos anos setenta, ajuda a formar e a organizar as comissões de defesa dos seareiros de melão e de tomate, nos campos do vale do Tejo.
Em 1972 faz parte da Comissão Nacional do Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro.
Ainda em 1972 é um dos fundadores e membro director da primeira Associação de Produtores de melão, em Vila Franca de Xira.
Em 1973 é candidato pelo distrito de Santarém, integrado nas listas do Movimento Democrático Português / Comissão Democrática Eleitoral (MDP-CDE) para a Assembleia Nacional.
No final da campanha, é obrigado a fugir novamente, para não voltar a ser preso.
Fez parte de muitas comissões de luta, nas praças de jorna de sua terra e esteve ligado a diversas lutas dos operários agrícolas do Ribatejo e do Alentejo.
Com o 25 de Abril, através do Movimento das Forças Armadas, foi chamado a integrar a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Alpiarça.
Foi um dos fundadores e membro director da Cooperativa de Produção Agrícola “Mouchão do Inglês”.
Sai da Cooperativa para fazer parte da Direcção do Sindicato dos Operários Agrícolas do distrito de Santarém.
Na Comissão Nacional do Plano, representou, durante muito tempo, o sector cooperativo.
Em 1979, é candidato e eleito deputado do PCP na Assembleia da República.
Como deputado, eleito pelo distrito de Santarém, na I, II, III, IV e V Legislatura, exerceu funções de Secretário, Vice-presidente e Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas, na Assembleia da Republica.
Fez parte do Secretariado do Grupo Parlamentar do PCP e pertenceu durante vários anos à Comissão de Agricultura junto do Comité Central do PCP.
Aos 2 anos de idade fica sem pai.
Frequentou a escola primária Visconde Barroso, onde fez a 4ª classe com distinção.
Com a saída da escola, entra nos duros trabalhos do campo.
Aos 15 anos assiste ao assassinato do jovem Alfredo Lima, durante uma concentração de trabalhadores agrícolas em Alpiarça.
Com 16 anos, adere ao M.U.D. juvenil, cuja primeira reunião em que participa se realiza na casa de Joaquim Pratas (Joaquim Zaragata).
Em 1958, dá se o primeiro contacto com o Partido Comunista Português.
Neste mesmo ano, faz parte da Comissão de Apoio à candidatura do General Humberto Delgado.
Em 1961, é obrigado a fugir da sua terra, para não ser preso, por motivos políticos.
Em 1963, é preso pela GNR de Alpiarça e levado para o Aljube, e mais tarde ainda para Caxias.
É julgado no tribunal Plenário da Boa Hora, onde é condenado a dezasseis meses de prisão correccional e a cinco anos de perda de direitos políticos.
Depois da sua saída da prisão, é novamente chamado para tarefas políticas. Assim, em 1969 faz parte da Comissão de Apoio à campanha eleitoral do MDP-CDE.
No final dos anos sessenta, princípio dos anos setenta, ajuda a formar e a organizar as comissões de defesa dos seareiros de melão e de tomate, nos campos do vale do Tejo.
Em 1972 faz parte da Comissão Nacional do Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro.
Ainda em 1972 é um dos fundadores e membro director da primeira Associação de Produtores de melão, em Vila Franca de Xira.
Em 1973 é candidato pelo distrito de Santarém, integrado nas listas do Movimento Democrático Português / Comissão Democrática Eleitoral (MDP-CDE) para a Assembleia Nacional.
No final da campanha, é obrigado a fugir novamente, para não voltar a ser preso.
Fez parte de muitas comissões de luta, nas praças de jorna de sua terra e esteve ligado a diversas lutas dos operários agrícolas do Ribatejo e do Alentejo.
Com o 25 de Abril, através do Movimento das Forças Armadas, foi chamado a integrar a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Alpiarça.
Foi um dos fundadores e membro director da Cooperativa de Produção Agrícola “Mouchão do Inglês”.
Sai da Cooperativa para fazer parte da Direcção do Sindicato dos Operários Agrícolas do distrito de Santarém.
Na Comissão Nacional do Plano, representou, durante muito tempo, o sector cooperativo.
Em 1979, é candidato e eleito deputado do PCP na Assembleia da República.
Como deputado, eleito pelo distrito de Santarém, na I, II, III, IV e V Legislatura, exerceu funções de Secretário, Vice-presidente e Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas, na Assembleia da Republica.
Fez parte do Secretariado do Grupo Parlamentar do PCP e pertenceu durante vários anos à Comissão de Agricultura junto do Comité Central do PCP.
domingo, 24 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Cooperativistas da CDU em Montemor-o-Novo
Reuniram no passado domingo em Montemor-o-Novo num almoço de confraternização e apoio à CDU cerca de duzentos cooperativistas de vários ramos do Sector Cooperativo, entre os quais membros das cooperativas Scafa e Coferpor, do Entroncamento.
O almoço contou com a participação de Pedro Guerreiro, candidato da CDU às Eleições ao Parlamento Europeu que se realizam já no próximo dia 7 de Junho.
O almoço contou com a participação de Pedro Guerreiro, candidato da CDU às Eleições ao Parlamento Europeu que se realizam já no próximo dia 7 de Junho.
Num ambiente de grande confiança, ali se falou de cooperativismo, da sua importância, do que sobre ele se consagra na Constituição da República Portuguesa e da necessidade de recuperar e protagonizar esse projecto; Ali se falou na importância das próximas eleições para o Parlamento Europeu, porque contrariamente ao que parece distante, foi de lá que emanaram políticas bem nefastas para a maioria dos portugueses. Os aumentos dos horários de trabalho e da idade de reforma, a destruição da capacidade produtiva nacional, etc., revelam bem quão verdadeira é a frase “Lá se Fazem, cá se pagam"; Ali se reflectiu que o dia 8 de Junho pode ser tarde demais para se ver que terá sido muito mau não se ter ido votar no dia 7.
Portanto, mais vale prevenir… e, dia 7 de Junho, VOTAR CDU SEM FALTA!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
touro vermelhão e o sapo
Há muito, há muito tempo existe um touro vermelho imponente – o “Vermelhão”. Um dia o touro estava em acção numa das suas habituais cargas contra forças despóticas quando um sapo de triste estatura, todo imundo, peganhoso, olhar de peixe mal morto, fuças de fuinha, ar de coitado, fixou no anglo de visão o venerado touro e ficou deslumbrado.
Cheio de inveja daquele touro bravo selvagem o sapo/plagiário, “frasquinho de veneno” (nome porque era conhecido o batráquio), chamou os amigos/companheiros de percurso: sanguessugas e hienas (a corja do “centrão”).
– Olhem só o tamanho do sujeito vermelhão! É imponente, mas grande coisa; se eu quisesse também era.
As sanguessugas e as hienas, amigas de peito do batráquio, disseram: - concordamos com a tua nova condição, que sejas grande mas, manso e sem ideais (nada de ideologias).
Dizendo isso o sapo colou uma parelha de cornos na testa e um letreiro no bandulho com a palavra “esquerda” e começou a encher a pança. Em pouco tempo já estava com o dobro do seu tamanho habitual.
– Já estou grande como o Vermelhão? – perguntou, às sanguessugas e às hienas burguesas, o inchado sapo de triste figura.
– Não, ainda estás longe! – responderam-lhe em coro a cambada de “chupa-cabras”, como eram conhecidas as sanguessugas e as hienas.
- Vamos dar-te uma ajuda! – vais poder usar as copas das árvores e as elevações, daí podes meter-te nos bicos das patas para berrares desalmadamente aos quatro ventos.
A “corja do centrão”, foi mais longe, encarregou os “louva-a-deus” de fazerem um inquérito cuja amostra eram as centopeias, os mil-patas, e os percevejos, para facilitar, somaram o número de patas de todos os sujeitos inquiridos e dividiram por quatro: uma amostra e peras. Para ajudar, não houvesse surpresas, os resultados foram determinados antes do preenchimento dos questionários e entregues aos “louva-a-deus” com a recomendação de “não haver desvios”.
O batráquio horribilis apareceu à frente do vermelhão nas sondagens.
O sapo, com tanto incentivo e solidariedade de classe, inchou ainda mais um pouco e repetiu a pergunta:
– Já estou grande como o Vermelhão?
– Não – disseram de novo a corja de “chupa-cabras” -, já chega! E é melhor parares com isso porque senão vais acabar mal.
Mas era tanto o voluntarismo de imitar o majestoso vermelhão que o sapo continuou a inchar, inchar, inchar – até estourar. Boooooom…., pufff…
O cheiro foi tão nauseabundo e putrefacto que a muitas milhas chegaram pedaços: aqui um ex-PSR, ali um ex-UDP, acolá um ex-“ex-comunista”. Nus ficaram, também, os comissários políticos dos partidos do centrão, os “chupa-cabras” e Cia Lda infiltrados… que tiveram de arranjar outro objecto de diversão.
Adaptação da fábula de Lafontaine aos nossos dias.
Onde é que isto vai parar?
O nosso País está mergulhado numa profunda crise económica e social, cujos contornos e desenvolvimentos no futuro próximo são difíceis de prever com exactidão. O Governo e a maioria que o sustenta, com a cumplicidade dos comentadores de serviço e ao serviço das políticas de direita, dão o litro para tentarem convencer os portugueses de que a crise é resultado da conjuntura internacional. Dessa forma, branqueiam as responsabilidades deste e dos governos que lhe antecederam.
A RTP e os incidentes do 1º de Maio
O PCP dirigiu uma carta à Direcção de Informação da RTP criticando «o papel a que o serviço público de televisão se prestou na operação montada pelo PS a propósito dos incidentes do 1º de Maio em Lisboa» que ficou marcado, «pelas piores razões, na estante de um jornalismo ditado por critérios de falta de rigor e parcialidade.»
À Direcção de Informação da RTP
À Direcção de Informação da RTP
O papel a que o serviço público de televisão se prestou na operação montada pelo PS a propósito dos incidentes do 1º de Maio em Lisboa ficará com lugar marcado, pelas piores razões, na estante de um jornalismo ditado por critérios de falta de rigor e parcialidade. Quer seja pela solícita amplificação que o PS, e a sua central de informações, construiram a partir do primeiro momento do incidente, pela repetição acrítica de meias verdades e falsificações ou pelo silenciamento das posições do PCP (alvo directo da campanha montada), a RTP marcou clara presença na tentativa de transformar a mentira em verdade, de procurar inculcar os elementos que no essencial preparassem a opinião pública para a caluniosa operação dirigida contra o PCP. Uma a uma, momento após momento, facto após facto, a RTP ignorou tanto quanto as aparências exigiam os principais visados, deu voz à mentira, silenciou a posição do PCP em que lamentava e manifestava discordância com os incidentes, classificando-os como actos isolados que só responsabilizam os seus autores (insistindo até ao dia 2 à noite na passagem da declaração de Francisco Lopes confinada à questão das desculpas devidas), colaborou activamente na promoção das ideias estruturantes da operação construída pelo PS. A RTP: realizou emissões especiais dedicadas ao acontecimento para dar espaço, sem qualquer possibilidade de contraditório, a «comentadores e analistas» dedicados a ampliar as deturpações e falsificações que a operação exigia; enxameou os estúdios de dirigentes do PS indispensáveis à difusão parcial da sua versão (sem que tenha sido dado igual oportunidade ao PCP); alterou horários de programas já gravados sobre o 25 de Abril e o 1º de Maio; já na posse das imagens da conferência de imprensa do PCP das 20h20 do dia 1 de Maio (que outros canais ainda projectaram nos jornais da noite, caso da TVI através de um directo) a RTP insistiu até ao limite nas declarações do secretário-geral do PCP gravadas num momento em que era reduzida a informação sobre o que pouco antes acontecera em outro local da manifestação (a RTP ainda editou esse registo no dia seguinte no Jornal de Tarde); manteve pela mão dos «comentadores» de serviço do PS e PSD, e em particular de António Vitorino, 48h e 72 horas depois, a difusão das mesmas deturpações e mentiras; mantém ainda hoje na total ignorância, factos sobejamente elucidativos sobre intervenientes directos no incidente que nada têm a ver com o PCP (que seguramente conhece e que outros órgãos de comunicação social já noticiaram) que fariam ruir o castelo de mentiras que quis construir. Com a esperança de que os factos hoje revistos, testemunhos do papel a que a RTP se prestou, relevem enquanto contribuição para a construção de um jornalismo ditado por critérios de independência e menos governamentalizado, receba os nossos cumprimentos
Jorge CordeiroMembro da Comissão Política do PCP
Lisboa, 5 de Maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
Os incendiários de multidões
sábado, 2 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Sobre o 1º de Maio, os incidentes registados em Lisboa e as manobras e calúnias do PS
PCP saúda os trabalhadores portugueses e a CGTP-IN pela sua participação e realização do 1º de Maio e, ao mesmo tempo que manifesta a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa – num acto isolado de alguns manifestantes – não pode deixar de rejeitar as acusações, insultos e calúnias dirigidas pelo PS contra o PCP
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