quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Mais de 200 mil Trabalhadores reclamam justiça social


Mais de 200 mil trabalhadores participaram na grandiosa manifestação nacional, em Lisboa, mostrando um claro descontento face às políticas desenvolvidas pelo Governo mas também com grande convicção e esperança que com a luta se alcance uma mudança de rumo, com políticas justas.


O Entroncamento esteve presente com centenas de trabalhadores das EMEF, CP, REFER, Câmara Municipal, escolas.


Os manifestantes presentes na concentração da CGTP manifestaram solidariedade para com os trabalhadores europeus em luta por melhores condições de trabalho e por uma vida digna e contra a danosa política de direita do Governo PS.
O desfile de protesto promovido em Lisboa pela Intersindical decorreu sob o lema "Por uma Europa Social - Emprego com Direitos".
No documento/moção, aprovado de solidariedade com os trabalhadores europeus, são salientados os sacrifícios que tem sido impostos aos trabalhadores, com a promessa de crescimento económico, e de que têm resultado a perda de salários reais para grande parte dos portugueses, o acentuar de desigualdades, o aumento da pobreza, roturas de coesão social e o aumento do desemprego e da precariedade laboral.
A resolução apresentada pela CGTP, e assumida pelos manifestantes, critica a forma como o Governo está a preparar a revisão do Código do Trabalho, considerando que vai ser dada "mais força ao patronato para despedir com mais facilidade; precarizar ainda mais o emprego; embaratecer o custo do trabalho; destruir a contratação colectiva e atacar os sindicatos".
A CGTP-IN reafirmou também o facto de o Tratado Reformador da União Europeia "acolher a supremacia dos valores do mercado sobre todos os outros valores, de desvalorizar politicamente a Carta dos Direitos Sociais Fundamentais ao remete-la para um anexo e ao abrir o precedente do seu não reconhecimento por parte de alguns países".
"Uma Europa social e solidária necessita de Estados sociais fortes que garantam uma efectiva protecção social, serviços públicos de qualidade, mercados de trabalho regulados, através de normas de trabalho com sentido de progresso, de negociação colectiva e do diálogo social, assente numa base séria e no respeito pelo papel e intervenção dos sindicatos”, defendeu a central sindical.
"Mas também exigimos que se ponha definitivamente termo aos ataques aos sindicatos e ao exercício da actividade sindical, porque sem sindicatos no uso efectivo de todos os seus direitos e sem capacidade reivindicativa, a democracia seria substancialmente mutilada", diz o documento.
Os trabalhadores presentes na manifestação nacional promovida pela CGTP-IN manifestaram a sua determinação para prosseguir e aumentar a acção sindical e a luta reivindicativa nos locais de trabalho.