quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Cor do Nosso Dinheiro

Diz-se de Portugal que é um «País pobre e de poucos recursos». No entanto há dúvidas quanto a isso. Não será que os que fazem uso desses meios nos levam à desgraça?
Durante as eleições, cá no burgo, muito se falou de uns contentores para as necessidades do Centro de Saúde. Que seriam instalados em Agosto-Setembro, ainda antes das eleições autárquicas, já que as obras de alargamento do Centro de Saúde estavam demoradas e, até se dizia, que já tinham sido alugados (os ditos) a uma empresa. Até aqui tudo normal.
Há uns meses, começaram, inesperadamente, a abertura das fundações, o levantar paredes e o edificar das coberturas da extensão do Centro de Saúde. Tudo a bom ritmo, depois de anos e anos de promessas e de verbas anuais anunciadas em PIDDAC. Parecia que o assunto finalmente estava arrumado.
Mas surpresas das surpresas, logo depois, de um dia para o outro, começaram a instalar uma espécie de galinheiros (com ar condicionadado e outras modas anti-ecológicas) ao lado do tal edifício em bom ritmo de construção. Diz-se que são contentores para uma futura Unidade de Saúde Familiar. Ainda se justificam?
Não há fome que não dê em fartura: contentores, alargamento de centro de saúde. Viva a crise! Que não é para todos.
As perguntas que se devem fazer:
Quem esperou anos e anos pelo tão apreguado alargamento não poderia esperar uns curtos meses pela conclusão das obras?
Será que o Ministério da Saúde não tem um mínimo de planeamento?
Será que aos nossos governantes e seus comissários políticos não lhes custa pagar impostos ? Será que não têm respeito pela cor do nosso dinheiro?
A mando de quem andam a destruir o Sistema Nacional de Saúde a esbanjar recursos?
Resposta:
No mínimo os actuais responsaveis pela gestão do Agrupamento de Centros de Saúde, da Administração Regional de Saúde e do Ministério de Saúde devem ser questionados e responsabilizados.
Onde é que está o Tribunal de Contas para colocar um travão a este desmando de ineficiência?
Dizem que vai haver uma Feira dos Fenómenos (das aberrações)cá no burgo, este poderia ser um caso a expor.