terça-feira, 26 de outubro de 2010

Situação económica e financeira da CM de Entroncamento

Dados relativos ao primeiro semestre de 2010.

Baseado no relatório da contas semestrais

Execução de Receita de Capital - 13,32 % do previsto. O que constitui um enorme desvio face aos objectivos, que dificilmente será colmatado até final do ano em curso.
Já é habito! Tornou-se uma situação clássica a incapacidade desta câmara gerar receitas de capital.
Aumentaram significativamente os Fornecimentos e Serviços Externos, agravando a despesa.
Diminuiu o Valor Acrescentado Bruto (mesno riqueza criada).
Aumentaram as Dívidas de Terceiros a Médio e Longo Prazo - 9.626 mil € - mais 2.773 mil € face a igual período do ano anterior.
O Prazo Médio de Pagamento passou para 333 dias (242 dias em 2009) - uma degradação e uma derrapagem de ano para ano. Os credores esperam e desesperam. Um descalabro!
A margem de Endividamento de Médio e Longo Prazo é de uns miseros 414.412 € (6.17%). A margem de Endividamento Líquido 581.060 € (6,92) aponta para a parelesia, caso o Governo aperte ainda mais os critérios de recurso ao crédito, que torna impossível uma política aceitável de investimentos.
Faltam a capacidade e a visão estratégica para gerar fundos próprios de investimento o que compromete o futuro do concelho. A situação económica e financeira do município é insustentável. Este estado de coisas acontece num concelho rico e com enormes potenciais: onde anualmente se geram um enorme volume de IMI, abundantes receitas de diversas licenças, invulgares recebimentos de IRS.
A situação deve-se exclusivamente a uma política local de desprezo pelos sectores produtivos, falta de visão e irresponsabilidade na governança dos bens colectivos concomitante com o recurso viciante ao empréstimo bancário, agravado pelas políticas do Estado central.