segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Próximo dia 1 de Março, em Lisboa, marcha em defesa do direito à liberdade de organização partidária e de defesa de todas as outras liberdades de

Não houve espaço para tantos comunistas e amigos no Instituto da Juventude em Santarém.
Moita Flores foi vaiado. O presidente da Câmara de Santarém recusou ceder o Cine-teatro Rosa Damasceno para a realização deste comício. O espaço já foi cedido ao PS e à JSD para a realização de iniciativas destas formações políticas. A situação é estranha vinda de alguém que se afirma “democrata”.
“No comício em Santarém, Jerónimo de Sousa alertou para o facto de, já no verão passado, quando rebentou a bolha bolsista da especulação imobiliária, o PCP ter contrariado «os bem-pensantes que a minimizaram, afirmando com clareza que esta crise era uma crise profunda, longa, sistémica, que atingiria a “economia real” e que com grande probabilidade levaria à recessão nos Estados Unidos e ao abrandamento da economia na União Europeia e «que no cerne da crise estava o facto de há muito se ter substituído salários decentes por crédito fácil para garantir uma falsa procura efectiva».
É inquestionável que a democracia está a ser alvo de um violento ataque. Ataque que não se confina apenas à redução da representação das opções políticas dos portugueses nas instituições, mas que atinge no quotidiano da nossa vida colectiva as mais variadas expressões. São as limitações à liberdade de expressão e propaganda, a repressão ao protesto das populações, a crescente policialização da sociedade, a governamentalização da Justiça, o ataque aos direitos dos trabalhadores, as restrições à liberdade de organização e funcionamento dos partidos com a existência e aplicação da Lei dos Partidos e da Lei do Financiamento.Leis fabricadas pelo PS e PSD para imporem o seu próprio modelo de organização e funcionamento aos outros, particularmente ao PCP e na qual incluem essa norma aberrante da prova da existência de um número mínimo de 5 000 militantes inscritos e que tem como pressuposto a devassa dos ficheiros partidários. Norma esta que trouxe para a actualidade, face à solicitação do seu cumprimento pelo Tribunal Constitucional, a necessidade de ampliar a luta pela exigência da revogação de tais Leis. O PCP que há muito afirmou tal exigência, decidiu e anunciou esta semana a convocação para o próximo dia 1 de Março em Lisboa de uma marcha em defesa do direito à liberdade de organização partidária e de defesa de todas as outras liberdades democráticas. Daqui queremos apelar a todos os militantes comunistas e a todos os outros democratas e anti-fascistas para a sua participação nessa importante iniciativa, que desejamos seja uma grande acção de protesto contra todos os abusos e exigências ilegítimas à luz da Constituição da República”.
In site do PCP- A intervenção completa de Jerónimo de Sousa