O Governo do PS, através do Ministro da Saúde pôs à "discussão pública", uma "Proposta de Rede de Serviços de Urgências".
Estamos perante uma proposta que, à semelhança de outras que têm sido encomendadas, representa um disfarce técnico para uma conclusão que é sobretudo política e que já estará tomada.
Nessa proposta:
Fazem de conta que o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) não existe...
São considerados os 3 (três) hospitais (Abrantes, Tomar e Torres Novas) como se fossem completamente independentes!
Passar de cavalo para burro
Aos hospitais de Tomar e Torres Novas, por sinal os mais recentes, os mais bem equipados e os de melhor acessibilidade, são retirados cuidados que hoje prestam à
Discussão pública só serviu para empatar...
Esta proposta foi largamente debatida e foi reprovada pela grande maioria das estruturas do Poder Local da Área Geográfica que o Centro Hospitalar serve.
A CDU apresentou uma proposta alternativa, que mereceu um largo consenso da maioria das Autarquias Locais e de outras Instituições relacionadas com a Saúde, segundo a qual o Centro Hospitalar
Apesar deste largo consenso o Ministro da Saúde preferiu manter a sua proposta inicial!
O Ministro ignorou as propostas feitas
Porque concentra os cuidados urgentes numa zona periférica da área geográfica e social que o CHMT serve;
Porque concentra os cuidados urgentes no hospital, que dos 3 (três) é o que tem piores acessos;
Porque desqualifica os cuidados urgentes a prestar nos serviços de urgência dos hospitais de Tomar e de Torres Novas, onde apenas permanecem 2 clínicos gerais, 2 enfermeiros e 1 auxiliar de acção médica;
Porque desequilibra e desorganiza, podendo até fechar os serviços dos hospitais de Tomar e de Torres Novas, desestabilizando o seu clima interno;
66% da população dos 15 concelhos abrangidos pelo CHMT terão os cuidados urgentes mais longe e os outros 34% terão filas de espera mais longas;
Porque dificulta o acesso aos cuidados urgentes no âmbito do Centro Hospitalar;
Porque dificulta os cuidados urgentes aos doentes que necessitam de ser transferidos para os hospitais centrais;
Porque põe em risco a vida dos doentes, alguns de alto risco, que se encontram internados nos hospitais de Tomar e Torres Novas;
Porque o Hospital de Abrantes não tem capacidade para responder à actual procura de cuidados urgentes;
Porque não cria alternativas às centenas de doentes que, hoje, acorrem aos serviços de urgência dos Hospitais de Tomar e de Torres Novas. Nem os Centros de Saúde dão resposta, nem os transportes são facilitados;
Porque complica a vida aos doentes e não resolve os problemas financeiros e de gestão com que o CHMT se debate;
O Ministro da Saúde, teimosamente, manteve uma proposta sobre a qual há enorme discordância por parte dos seus destinatários, das autarquias e dos profissionais que a vão por em prática;
Esta solução não serve porque, ao invés de resolver os problemas actualmente existentes, irá agravá-los!
Há outras e melhores alternativas!
Que ninguém se cale!
Os cidadãos, os profissionais de saúde, os autarcas, não podem
É preciso dizer não à destruição do Centro Hospitalar do Médio
Junte-se a nós…, Pela Sua Saúde
Direcção da Organização Regional de Santarém