sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Posição do PCP sobre Câmara de Lisboa - As responsabilidades da Direita, do PS e do BE

A Câmara de Lisboa vive dias muito complicados, por total responsabilidade da direita que, desde há cinco anos, tem desenvolvido políticas erradas que vêm agravando a vida dos lisboetas.

«A direita tem de assumir esse facto, especialmente o PSD. Mas é preciso não esquecer que o CDS-PP, desses cinco anos e alguns meses, esteve no poder quatro anos e tal», acusa, em comunicado, a Organização da Cidade de Lisboa do PCP.
Esta denúncia foi proferidas após a Polícia Judiciária (PJ) ter efectuado buscas às instalações da autarquia por suspeitas relativas aos negócios do Parque Mayer e da Feira Popular, envolvendo uma permuta de terrenos com a empresa Bragaparques.
Após a recolha de documentos pela PJ e pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), que visitaram também os escritórios da Bragaparques e a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa), a vereadora do Urbanismo, Gabriela Seara, e o director municipal de Serviços Gerais, Remédio Pires, foram constituídos arguidos.
«No entanto, a verdade é que, no caso especialmente enviesado do Parque Mayer/Feira Popular, o PS e o BE têm uma responsabilidade original muito grande porque foi o seu voto favorável que viabilizou o negócio num mandato em que a direita estava em minoria na Assembleia Municipal. Hoje fazem que não é nada com eles. Mas os factos estão ai para as nossas conclusões», acusam os comunistas.

Outros casos...

Mas não é só o caso do Parque Mayer que deve preocupar os cidadãos de Lisboa. Muitas outras situações se têm verificado em que o interesse municipal não é acautelado e o erário público é lesado. O PCP combateu sempre politicamente esses processos, votando contra, denunciando-os e recorrendo às instâncias judiciais de investigação criminal.
Entretanto, as acções correm os seus termos. Além do Parque Mayer e Entrecampos existem, para os comunistas, «duvidas» nas «alterações simplificadas do Plano Director Municipal», nas «operações urbanísticas de Alcântara, Boavista, Vale de Santo António», na «falta de plano nas Olaias», nas «operações urbanísticas em torno do Estádio do Benfica e do Sporting» e no «túnel do Marquês».
(in Avante; n.º 1731)