quarta-feira, 30 de maio de 2007

Greve Geral no Entroncamento

Depois de assistirmos à continuada perda de peso da organização sindical no movimento sindical, os últimos 12 meses marcam um importante volte de face na luta de classe e uma viragem na consciência do papel dos trabalhadores na sociedade. Após duas mega-manifestações de proporções avassaladoras (120 e 170 mil manifestantes), que abalaram os alicerces do fanatismo neoliberal do poder a soldo da barbárie capitalista, assistimos à maior (e primeira) greve geral contra um governo dito «socialista». Outro paradigma do actual movimento sindical é que com ou sem: UGT (que só tem representatividade nos corredores do poder e serve para ratificar a papelada da traição social democrata), medidas antigrevistas, o terrorismo de Estado; as ameaças às liberdades laborais - os protestos dos trabalhadores têm vindo em crescendo na salvaguarda das grandes conquistas civilizacionais do século XX e da Revolução de Abril agora ameaçadas pela ganância do poder económico controlador do Estado.

As Greves Gerais não se medem só pelos números, mas sim pelos reflexos: na consciência de classe; no aumento da cultura dos trabalhadores; na afirmação do papel de quem trabalha; na apreensão de quem cria riqueza e como a cria; na afirmação da necessidade de outras formas de repartição da riqueza e por último, mais importante, as Greves Gerais colocam na ordem do dia a questão de quem detém o poder e ao serviço de que classe está.



Entroncamento aderiu em massa à Greve Geral:



  • EMEF – forte adesão dos seus 470 trabalhadores no Entroncamento - 96 % adesão. A adesão Nacional ronda os 80%;
  • Manobradores da CP - 90 % de adesão;
  • Escola básica n.º 1, Zona Sul encerrou;
  • Pré-primária 100 % ;
  • Correios – forte adesão ao balcão. Não houve distribuição;
  • TOUR trabalhou a 50%, decorrente da forte paralização na Rodoviária Tejo;
  • Conservatória forte adesão;
  • Escola Ruy de Andrade paralisada;
  • Escola Secundária, sem aulas, paralisada;
  • Tribunal encerou as portas;
  • Biblioteca municipal – encerrou;
  • Serviços municipais de Jardins – 100%
  • Oficinas da Câmara Municipal - 50 % de adesão;
Temos ainda informações da adesão de trabalhadores à greve no Centro de Saúde, serviços administrativos da Câmara Municipal, Finanças, empresas privadas,...